quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A dinamica do trabalho

O Século XXI se iniciou em um ritmo totalmente acelerado. Desde a Revolução Industrial, que ocorreu no Séc. XVIII, o ritmo de vida das pessoas mudou drasticamente. Após Taylor (Frederick W. Taylor, 1856-1915) que, com o estudo do tempo e dos movimentos, instituiu a Administração Cientifica, o ritmo do processo produtivo tem sido aumentado de forma gradativa e constante.

Com a Terceira Revolução Industrial (Revolução Tecnológica), a mão de obra passou a se especializar cada dia mais e o exercito de reserva, formado principalmente por mão de obra menos qualificada, cresceu proporcionalmente ao crescimento populacional. Surgiu uma nova denominação para a mão de obra: cabeça de obra. O mercado não busca mais por profissionais de determinada área, ele busca intelectuais que formam opniões sobre os mais diversos temas e se tornaram os coringas do jogo. No período da Revolução Industrial, o trabalhador-operário suava por até 14 horas na linha de produção e, ao termino de um ano, estava totalmente fadigado e implorando pelo gozo das férias. Hoje, o executivo trabalha 24 horas por dia e não se preocupa (talvez por falta de tempo, talvez não) com o gozo de férias. A grande diferença esta no objeto de trabalho. O trabalho intelectual pode ser feito enquanto dirige-se o carro, espera o sinal abrir ou enquanto se toma um banho - vale citar Arquimedes(287a.C.–212a.C.), que descobriu a lei da estática e da hidroestática enquanto tomava banho. Sobre a superioridade do conhecimento intelectual sobre o profissional, não é preciso fazer maiores citações.

Karl Marx (1818 – 1883) afirma que, sob o novo contexto emergente á época, o trabalho deixa de ser um bem e passa a ser apenas uma mercadoria, adquirindo o simples valor de troca. O tempo passou e o mundo se tornou totalmente interligado. Neste cenário globalizado, a força de trabalho, ou seja, a disponibilidade para executar certa atividade, deixa de ser a mercadoria a ser adquirida transferindo o objeto de compra para o trabalho, ou seja, o produto final da força de trabalho. Nesta nova organização social do trabalho, o que importa são os resultados. Após o advento da Tecnologia da Informação, as novas tendências trouxeram novas linhas de pensamento. Formou-se uma sociedade onde os fins justificam os meios. A meta a ser alcançada muda constantemente de forma, incorporando itens ou excluindo-os. A velocidade das mudanças é monstruosa e sem rumo definido fazendo do homem um ser totalmente mutante. E é exatamente este mutualismo que tem direcionado os estudos da inteligência humana. È neste novo contexto que o Homo Sapiens (Homem Pensante) se enquadra perfeitamente.

O homem, enquanto ser pensante, se materializa com esta nova realidade. Os velhos padrões de comportamento são descartados e incorporados novos costumes ao cotidiano. O trabalho, que deixa de ser físico e passa a ser intelectual, rompe as barreiras do tempo e do espaço, podendo ser feito a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. A sociedade globalizada se desenvolve cada vez mais, acirrando a competição pelos melhores postos. Pode-se voltar ao tempo de Fayol (Jules Henry Fayol – 1841-1925) onde a superespecialização do trabalhador se tornou um empecilho ao desenvolvimento industrial.