terça-feira, 26 de maio de 2009

Faz tempo que não tenho tempo pra pensar

Aos leitores devo dizer (escrever? não sei) sinceramente que há tempo que não penso. Sim, não tenho tido coragem para pensar a vida (principalmente no Brasil) e, portanto, descrevê-la através de palavras.
Os acontecimentos têm acontecido (ponto). Nada de novo ou importante mas simplesmente o mesmo vai-e-vem de idéias (ou ideias). As mesmas palavras, gestos, caras e bocas. Algumas vezes, há um tempo atrás, me indignava por procurar massa pensante na "massa" e não encontrar. Agora que já não penso (e nem por isto me vejo dançando pocotó) não devo mais me preocupar com isto. Não mais me pergunto, mas pensava antes no nível que os representantes da intelectualidade brasileira chegaram. Não se vê movimentos de engajamento social na sociedade. Tenho certeza que "nada do que foi será denovo do jeito que já foi um dia" para lembrar música do Lulu Santos/Nelson Motta.
Eu creio, pelo que vemos nos últimos dias, que a cultura brasileira (digo cultura tentando trazer a ideia de inteligência) “…encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre” (Chicó, no “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna).
E assim vou prosseguindo, me recusando a pensar pois não posso mais ser maluco beleza.