quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A importância do Planejamento Estratégico em tempos de crise















A “palavra de ordem” do mercado é competição. Em todas as atividades que o homem busque fazer sempre existirá competição. Não será preciso citar Darwin e sua famosa “Lei da Evolução” para confirmar a idéia de competição como uma constante na vida do homem. Em tempos de crise esta competição se torna brutal e sem limites.

Diante deste acirrada competição só existe uma forma de se destacar no mercado: sendo melhor que o seu concorrente. Quando se trata de uma empresa esta situação se agrava de forma substancial pois ela está mais preocupada em produzir do que em fazer um Planejamento Estratégico que traga eficiência.

Esta importante ferramenta de controle dos objetivos da empresa, o Planejamento Estratégico, demanda tempo, que é uma coisa normalmente escassa para o administrador pois ele estará mais preocupado com as decisões operacionais em detrimento do planejamento de uma base sólida para o futuro da empresa. Este planejamento visa nortear os caminhos a serem trilhados pela empresa de forma a evitar decisões precipitadas, e geralmente errôneas, sobre o futuro da empresa.

A palavra strategia vem do grego antigo e significa a qualidade ou habilidade do general. Pode ser considerado como um conjunto de ações a serem desenvolvidas de modo a dar certa vantagem sobre o inimigo. A estratégia é o diferencial “positivo” que o participante tem sobre os demais.

Depois de serem largamente utilizadas no meio militar, as técnicas de organização estratégica chegaram às empresas. Assim como no contexto militar, o ambiente organizacional irá bem quão melhor for a estratégia adotada pela empresa. A empresa como menor unidade produtiva do mercado deve estar atenta às constantes mudanças que ocorrem no cenário externo e se preparar de forma adequada enfrentar os desafios inerentes às evoluções do mercado.

É este sentido que vamos buscar para compreender dentre as diversas opções a ser escolhidas, a melhor a ser aplicada diante do contexto da empresa. A estratégia empresarial é o conjunto dos meios que uma organização utiliza para alcançar os objetivos. Tal processo envolve decisões que definem os produtos e os serviços para determinados clientes e mercados e a posição da empresa em relação aos seus concorrentes.

A estratégia tem se apresentado como item fundamental para o bom andamento da empresa visto que é ela que dá a “vantagem competitiva” à empresa. Este termo nada mais é do que “estabelecer uma meta adequada, que se fundamente em dois fatores: objetivos coerentes e compreensão do negocio”. Estes objetivos são tidos como necessários para que a empresa atinja um desempenho superior às demais e deste modo se destaque no mercado concorrencial.

As atividades desenvolvidas pela empresa são resultado das decisões gerenciais previamente tomadas. O processo de planejamento é um processo de tomada de decisões interdependentes, decisões estas que procuram conduzir a empresa para uma situação futura desejada. Como não existem “bolas de cristal” para prever o comportamento futuro da economia é necessário recorrer a métodos de estimação para balizar a tomada de decisões.

É fundamental fazer um planejamento antecipado das ações a serem tomadas. Na elaboração do Planejamento Estratégico, o empresário deixa de utilizar-se do empirismo e passa a buscar fundamentação na administração científica para fazer as escolhas.

Se empresa trabalha sem planejamento as atitudes tomadas pelos gestores aparecem apenas como medidas paliativas ou “para apagar o incêndio”. Como conseqüência, as ações são limitadas pois agem nos sintomas e não nas bases de sustentação dos problemas apresentados.

Portanto, principalmente em tempos de crise, o empresário não deve assumir riscos desnecessários. A elaboração de um planejamento consistente e conciso objetiva nortear as atitudes a serem desenvolvidas pela empresa durante toda a gestão e pode ser o diferencial da empresa num mercado altamente competitivo.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Porque ser um economista?














Publicado na sessão de Economia do Jornal Diário da Manhã em 14/08/09.

Dúvidas acerca das necessidades de produção de bens num país sempre existiram. Este fato, por si só, faz da economia uma das mais antigas ciências na história da humanidade. No dia 13 de Agosto de 1951, a profissão foi devidamente regulamentada no Brasil e, desde então, passou a ser comemorado o Dia do Economista nesta data todos os anos. Assim, este profissional passou a ser o principal responsável pela interpretação dos fatos econômicos que afetam a vida de todas as pessoas do país.
Normalmente, quando falo para as pessoas sobre o economista ou sobre ter esta ciência como sua profissão, logo alguém me diz: “Não é pra mim. Tem muita matemática!”. Na verdade, o uso da matemática existe mas não como fim em si mesmo. Os cálculos matemáticos e/ou financeiros serão utilizados para comprovar e prever situações e comportamentos baseados em dados confiáveis. Não basta ser bom em matemática para ser economista pois, caso fosse assim, todos professores de matemática seriam economistas e vice-versa. Para ser um economista é preciso ter profundo conhecimento sobre a sociedade, seus modos de vida, de produção, de consumo, de educação, etc.
“O Economista é um cientista social. É ele que estuda o comportamento da sociedade e também o comportamento do indivíduo quando está nesta sociedade” é o que sempre costumo dizer quando alguém me indaga o motivo de ter escolhido tão grata profissão. O IBGE, na sessão ”teen” do seu site, deixa claro que o profissional de economia deve ter também bons conhecimentos em história, sociologia e política. Além disto, é preciso entender que a Economia é uma ciência humana (e não exata, como muitos acreditam).
“Para ser um bom Economista, o profissional precisa ser altamente atualizado, precisa entender como as políticas adotadas pelo governo influenciam no ambiente das empresas, entender o mercado no qual as empresas estão inseridas e produzir seguindo as preferências do consumidor”. Estas são as palavras do Econ. Inimá I. do Brasil quando indagado acerca do que é ser um economista.
O profissional de economia é quem entende e explica de que forma a sociedade usa os seus recursos materiais e humanos para produzir bens e serviços e busca, neste contexto, a máxima eficiência tanto do fator humano quanto dos materiais utilizados. Até mesmo no momento do juramento este profissional jura que irá “utilizar todo o conhecimento adquirido para a promoção do bem-estar econômico e cooperar com o desenvolvimento do país”. Este é o profissional que planeja o futuro das pessoas e que prevê, sem uma bola de cristal, o futuro da economia.
Mas houve também um tempo em que a Economia foi taxada como “ciência sombria”, principalmente pelas previsões pessimistas feitas por alguns estudiosos. O grande e nada popular economista T. R. Malthus (1766 – 1834) chegou a prever uma fome generalizada na Inglaterra do século XVIII. Felizmente, as inovações tecnológicas que surgiram à época livraram aquele país do triste quadro previsto e fez com que Malthus se tornasse um dos mais criticados economistas de toda a história econômica mundial.
No entanto, nem só de sombrias expectativas vivem os economistas. Na década de 30, quando o mundo sofreu a maior recessão da história num episódio conhecido como o crash de 29 foi exatamente um economista, J. M. Keynes, que elaborou o plano que reergueu a economia mundial naquela década. No Brasil, o Plano Real, que expurgou as altíssimas taxas de inflação da realidade brasileira, também foi elaborado por um grupo de economistas que trabalhavam no governo.
Enquanto C. Darwin elaborava a sua teoria da seleção natural (tão conhecida em todo mundo), outro cientista estudava o modo que a riqueza se criava e se distribuía na sociedade. Este cientista era Adam Smith, considerado o “pai da economia” e criador da teoria da “mão invisível” que pregava que, se todas as pessoas buscarem somente o bem próprio, isto levaria ao crescimento da economia.
Mesmo com tantos episódios memoráveis, não foi só no passado que os economistas foram extremamente importantes para a sociedade. Nos dias atuais, principalmente devido à crise econômica que o mundo enfrenta, o economista tem sido bastante consultado. As empresas necessitam de um profissional que tenha conhecimentos para fazer uma análise do futuro da empresa numa economia que está cada dia mais competitiva.
Hoje a atuação do economista está, em boa parte, voltada para a atividade das empresas. Não existe ninguém mais habilitado para fazer o planejamento e controle financeiro das empresas. O economista possui uma formação completa no que concerne ao entendimento da empresa e da sua interação com o mercado. Então, esse é o profissional que domina as ferramentas de controle da empresa e possui ampla formação para entender o mercado no qual a empresa está inserida. No mundo globalizado este conhecimento se torna vital até mesmo para a permanência da empresa.
Foram estes os simples (?) motivos que me trouxeram a trilhar o caminho para ser um economista. E, com a proximidade desta data tão importante que é o Dia do Economista, quero deixar minhas felicitações a todos os ECONOMISTAS que fazem este país. Parabéns a todos estes profissionais que, cumprindo o seu juramento, trabalham para que este país se torne cada dia melhor.